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LIVROS PUBLICADOS - Autor

Livro instigante no qual encontramos um autor completamente entregue pela escrita das cartas, que poderíamos chamar poemas. Ao assumir um eu lírico feminino, a noite como recorrente, a questão do tempo e o fantasma das mortes que nos espreitam, João Pinto vai ao cerne de questões impossíveis de serem verbalizadas, somente sentidas. Sensação de mudez e perplexidade que promove encontro.

 

É preciso ver com a alma.

 

A estrutura do livro traduz de forma magnífica a escrita portuguesa contemporânea, remetendo a outras cartas, quer sejam As cartas portuguesas ou As novas cartas portuguesas.

 

Estonteante, a presente obra. Um pedaço de silêncio que nos completa.

Uma coisa é ter futuro, outra é ter a vida toda pela frente."

Castiga a terra deserta de pecados Traz-me os teus cometas e a glória de chuva carregada A calamidade incerta dos venenos dourados E dos teus dedos ilimitados. 

Arrastaram-me o corpo e o nome sem que isso tivesse relevância absoluta, podiam ter-me levado, trocado as cicatrizes.

Por favor alguma doença nova Não para ti. Nunca para ti.

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus.
Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens."

 

O Apóstolo João foi conhecido como Filho do Trovão e posteriormente considerado o “Discípulo Amado”. Reza a lenda que este discípulo, pensativo, introspectivo nas suas dissertações e pouco falador, nunca teria que passar pela experiência da morte.

 

"Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui se encontram, que de maneira nenhuma passarão pela morte até que vejam vir o Filho do Homem no seu Reino."

 

A riqueza simbólica deste livro apresentado na Bienal do Rio de Janeiro, ajuda-nos a compreender a dificuldade de apaziguarmos a ira ou nos libertarmos do furor religioso, é uma referência para a transformação espiritual, descobrindo o amor e a misericórdia.

Almas tantas, quantas, tão reais

À mercê da interrupção

Da nulidade incrível.

A mão inventa um tremor que se apodera da fera

Intensa inventa imensa

o mundo visual e certa agrafia.

Em falso se instala o encanto

E o crepitar da caneta em descanso

Sou herói irrompendo da neblina. Alastrando.

A subversão que a sociedade constrói em do volta do  indivíduo, o debate imperialista sobre a utilidade do sujeito. Dois irmãos com modos de vida diferentes, enfrentam a dúvida existencialista em barricadas opostas.

 

Um vestido com fato e gravata, dedicado a seguir as normas e padrões do seu tempo e o outro entregue a gula da loucura, em isolamento num casarão que aherança de família lhe proporcionou.

 

O diálogo no seio de uma família desagregada pelos contrastes sociais, as escolhas divergentes entre o considerado aceite e o marginalizado. Os atalhos criados para sobreviver entre os outros, com os outros e para os outros, na batalha do Eu contra o mundo e vice versa.

 

Sendo o primeiro texto publicado, Suspeita-se que este livro contenha a formula da fábula em que se compreende a metáfora como um ensaio metafisico e imagético, no qual o teatro da palavra se desenvolve.

1 - Sabes que por entre as telhas se descobriram valas íngremes?

0 - Deixas que se faça escuro. Foges pelos cumes, que deslumbre ver-te correr pelos auges.

LIVROS PUBLICADOS - Editor

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